quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O que fazer em quatro dias em Paraty

A histórica e bela Paraty, no litoral do Estado do Rio de Janeiro quase na divisa com São Paulo, lembra a também colonial cidade uruguaia Colonia del Sacramento. Importante cidade durante os ciclos do café (quando a cidade era o porto utilizado para escoar o café do Vale do Paraíba) e do ouro (quando Paraty possuía o único caminho que ligava o Rio de Janeiro às minas), Paraty reúne atrativos que encantam turistas de vários perfis e interesses.
Capela Nossa Senhora das Dores
Cercada por montanhas do Parque Nacional da Bocaina e praias lindas, tem ainda cachoeiras, alambiques com cachaças deliciosas e oferece a opção de esportes de aventura e aquáticos. Isto tudo além do tradicional e famoso centro histórico, tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1937.

É muita história para contar. Então, antes de ir, dê uma lida na história de Paraty e conheça mais sobre sua arquitetura — este site aqui foi o que achei informações mais bacanas. Vale também checar o calendário cultural da cidade para ficar por dentro das atividades e atrações.

Em quatro dias na cidade, é possível aproveitar um pouco de tudo. No meu caso, basicamente fui às praias durante o dia e ao centrinho no fim de tarde e à noite, com visita ao alambique Coqueiro e à cachoeira Tobogã — só não fiz esportes radicais. Dividi assim:

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Dia 1: fui a Trindade, que fica a cerca de 23 km de Paraty (pega-se a Rio-Santos e sai na indicação para Trindade, um trevo meio perigoso para fazer a volta cruzando a estrada. Dali tem uma estradinha que leva, pela direita às praias de Trindade e pela esquerda a Laranjeiras). Fiquei na praia do meio, onde tem quiosques. O que eu fiquei, Canto da Lua, (escolhi pela música, tocava Amy Winehouse) cobrava R$ 50 de consumação por mesa e o garçom pede R$ 10 para ele manter tudo arrumado e limpo.
Praia do Meio em Trindade: escolhi a barraca Canto da Lua para passar o dia

Na volta de Trindade, fiz uma parada no alambique Coqueiro. Eles explicam como a cachaça é fabricada e tem várias para degustação — eu não sou muito fã da bebida e mesmo assim adorei a Gabriela. Quando eu fui, havia um grupo de americanos que vieram ao brasil para um casamento. Estavam adorando e comprando tudo!


Chegando de volta a Paraty, passei pelo Centro Histórico para conhecer ainda claro. A ideia também era checar no cais com os barqueiros quanto custava os passeios privativos para fazer em detrimento da escuna. Voltei ao centro histórico para jantar no restaurante Margarida (uma boa pedida, mas com preços de São Paulo).

Dia 2: em vez de pegar um passeio de escuna (R$ 30/pessoa), optei pelo passeio privativo de barco com o "mestre" Daniel (telefone.: (24 999169774 | barcobrulu@hotmail.com). Amei! Ele percorreu a encosta contando sobre as praias, também levou a algumas ilhas e fez paradas em lugares legais para mergulho. O almoço foi na praia Vermelha.

O roteiro incluiu praia do Jurumirim, refugio do navegador Amir Klink, depois ilha do mantimento, onde vimos bem de perto animais da mata atlântica e seguimos para a ilha da pescaria para um mergulho final antes do almoço.

Os serviços de barcos privativos custam entre R$ 50 e R$ 100 a hora, dependendo do número de pessoas, da época do ano e se é fim de semana ou feriado. Vale negociar bem com o barqueiro e fechar um pacote de cinco ou seis horas. No meu caso, como éramos duas pessoas, o Daniel levou isto em consideração para fechar o preço.

No fim de tarde e noite, a opção foi pelo bar-restaurante Sarau que fica na lateral da praça da matriz. São diversos estabelecimentos, com mesinhas na calçada e música ao vivo.

Um pedaço do centro histórico
Dia 3: praia do Jabaquara, que fica cerca de 1 km do centro histórico. Não é bonita (parece praia de rio), mas, principalmente, para quem se hospeda em uma das pousadas dali (como eu fiquei), vale a pena passar um dia. Tem quiosques com serviço de comida e bebida, além da opção de alugar caiaque ou stand up paddle (aquela pranchinha para ficar em pé e remar). Como o mar é calmo, ambas as atividades são bem gostosas de praticar — dica: pela manhã venta menos e fica mais fácil para remar.

No meio da tarde, fui até a cachoeira do Tobogã. Na estranha Paraty—Cunha, há várias cachoeiras. A sinalização para achá-las é bem ruim. No caso da cachoeira do Tobogã, deve-se estacionar o carro em um bolsão da frente da Igreja da Penha ao custo de R$ 5. O acesso é fácil até a cachoeira. O nome deve-se ao formato da queda d’água que lembra um escorregador — e, de fato, as pessoas descem de bunda ou em pé.
Barcos que fazem a travessia até a ilha, em frente à praia São Gonçalo
Dia 4: fiz check-out e no caminho para Angra dos Reis, meu próximo destino, parei em São Gonçalo. Paga-se R$ 10 para deixar o carro no único estacionamento (oferecem banheiro e ducha de água doce). Se pode tanto ficar ali na praia, quanto pegar um barquinho (R$ 15/pessoa ida e vota) e ir à ilha em frente, onde está o restaurante da Bete. Fiz isto e amei: águas cristalinas, mar verde e uma vista incrível. Vale muito a pena fazer a travessia.
Canto lindo na ilha em frente à São Gonçalo onde está o Bar da Bete

Fotos: Thais Cerioni
Informações úteis — Hotel
Quando: Novembro 2013
Hotel: Eliconial Paraty Pousada — Rua Sete de Setembro, 5, Praia do Jabaquara
Por onde reservei: Booking
Impressões sobre o hotel: Os donos são muito simpáticos e receptivos, tirando a impressão ruim que fiquei na troca de e-mail antes de ir. A pousada é lindinha, supercharmosa, bem-cuidada e com um jardim maravilhoso. Conta com piscina, Jacuzzi e sauna. A diária inclui café-da-manhã e no fim de tarde é servido aos hóspedes café e chá com bolachas. Mas atenção que não há serviço de comida ou bebida no quarto e nem à noite. Todos os funcionários são atenciosos. Para quem está de carro é, certamente, uma excelente opção!

                                                                 >>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens

8 comentários:

  1. Excelente post. Estou programando uma viagem de moto na região.
    Dicas anotadas.

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  2. Olá,
    Se pode circular de carro por fora do centro histórico. Na área mais antiga, há uma parte apenas para pedestres. Não se preocupe, porque existem lugares para estacionar o carro perto da parte antiga e mais turística.

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  3. Tem opção de transporte público p todos os lugares?

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    Respostas
    1. Oi, obrigada pelo comentário. Não sei te informar se para todos os lugares, como a cachaçaria, por exemplo. De resto, a cidade conta com linhas de ônibus e ela é pequena, dando para andar pelo centro e atrações principais. Uma vez na cidade, sugiro que vá até as agências ou informação turística e se informe sobre locomoção para pontos mais distantes.
      Boa viagem!

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  4. Tem opção de transporte público p todos os lugares?

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  5. Estou querendo conhecer Paraty na semana santa esse ano, indo dia 13 (quinta) e voltando dia 15 (sábado). Vocês acham que compensa ir essa época? Ou a cidade fica muito cheia e não dá pra aproveitar?

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