Se existe um destino que vale a pena, sem sombra de dúvidas ele é Fernando de Noronha (veja mais fotos). Sim, os perrengues são muitos (começando pelosdois voos necessários para chegar lá), mas é um lugar incrível, com paisagens perfeitas. Por isso, decidi que esta seria minha primeira contribuição para o Mosaico!
Pôr do sol na Praia da Conceição, vista do bar do Meio, na Praia do Meio (nosso preferido) |
Primeiro passo é escolher a companhia aérea (em 2008, apenas a TAM/Trip e a Gol voam para lá), já sabendo que serão dois caros voos (um até Recife ou Fortaleza e outro até a ilha). Eu fui de Gol (na época, ainda Varig), porque preferi voar de Boeing (a outra opção usa aeronaves turbo-hélice Embraer, da Trip, para fazer a perna até a ilha).
Praia do Sancho, vista da Trilha do Mirante dos Golfinhos |
Finalmente, decida, de acordo com suas convicções turísticas, se comprará pacotes daqui ou escolherá os passeios lá. Gosto mais da segunda opção, mas mesmo assim já fui com a dica (excelente, aliás) de uma guia para me ajudar com os passeios.
Palácio São Miguel, sede da Administração da ilha |
Eu não comprei passeios de São Paulo, mas troquei alguns e-mails com a Patricia, que mora (ou morava, não sei) na ilha (trilhasdenoronha@hotmail.com), antes de sair e combinamos de encontrá-la no aeroporto. Então, ela nos levou até o nosso hotel (que ela também indicou e ajudou a agendar). Antes disso, ainda no aeroporto, é necessário pagar a “taxa de permanência”, que na época - em 2008 - era de algo em torno de R$ 30 por dia.
Na ilha, o meio de transporte principal é o buggy (até os taxis são, em sua maioria, buggys), mas também é possível andar de ônibus e, em alguns casos, em “lotações” em veiculos 4x4. Só há uma “avenida”, que na verdade é uma autoestrada (a BR) e cruza a ilha de norte a sul. Só há também um “centrinho”, a Vila dos Remédios, onde ficam vários restaurantes, a igreja, o banco (até 2008, só existia uma agência, do Banco Real), os correios, a prefeitura... enfim, a infra básica.
Forte dos Remédios, de dentro da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios |
Baía dos Porcos, vista da Trilha do Mirante dos Golfinhos. Linda! |
As praias e os passeios
Obviamente, as praias são o ponto alto de Noronha. Lindas, lindas, lindas. Mas não espere muita infraestrutura e esteja preparado para andar bastante. Por isso, é imprescindível levar tênis ou papete, muito protetor solar, boné, óculos escuros e mochila/pochete. E a cada passeio sair com garrafinhas d’água e petiscos leves na bagagem.
Nós fizemos dois passeios de barco (gostamos mais do que fizemos com a Patricia, com mais paradas para mergulho e muito mais explicações sobre tudo), ambos no “mar de dentro”, como é chamada a face da ilha voltada para o Brasil. Na época em que fomos não era possível, mas existem passeios de barco no mar de fora também. Para os passeios de barco, faz toda a diferença ter seu próprio kit de snorkel, máscara e pé de pato. Nós levamos os nossos, mas é possível alugar por lá.
O pôr do sol mais concorrido, visto do Forte do Boldró |
Fizemos também a Trilha do Leão, até o mirante da praia com mesmo nome. Bem bonito e interessante também, mas muito mais tranquilo e curto. Os demais passeios fizemos por nossa conta: Trilha do Mirante dos Golfinhos, Trilha do Boldró, Praia da Cacimba do Padre... Tudo usando os táxis-buggy e boas caminhadas.
Vista do mar, a partir da Trilha do Atalaia |
O pôr do sol mais famoso é o do Forte do Boldró, lindo mesmo, mas a muvuca excessiva nos irritou, então, elegemos o Bar do Meio, na praia de mesmo nome, como o que proporcionava o pôr do sol mais gostoso e bonito - além de ter um bar pronto para nos servir!
Finalmente, a Praia do Sueste é o paraíso das tartarugas. Lá você nada com tartarugas de várias espécies e tamanhos - e pode, como nós, encontrar uns tubarõezinhos pelo caminho. Mas não se desespere: devido ao ecossistema balanceado, eles não gostam de humanos e nunca houve registro de um acidente com tubarões em Noronha!! Nessa praia é preciso alugar colete e é recomendável entrar na água com um guia, pois há muita corrente.
O extremo norte da ilha também oferece passeios interessantes, como o Museu do Tubarão (onde se pode comer um bolinho de Tubalhau), o Mirante da Ponta da Air France (que tem esse nome desde mto antes de 2009.....) e o Porto.
Casa dos artistas plásticos, na ponta da Air France |
Fotos: Roberta Prescott e Thais Cerioni
Informações práticas
Quando fui: dezembro de 2008
Hotel que fiquei: Pousada Solar das Andorinhas
Preço: 220 reais para duas pessoas, por noite
O que achei do hotel: simples, como todos, porém com serviço simpático e muito bem localizado
Por onde reservei: com ajuda da Patricia (trilhasdenoronha@hotmail.com)
O que levar para Noronha: roupas confortáveis, tênis e/ou papete, chinelo, roupas de banho, um agasalho, camiseta de surfista (ou algo para entrar na água), mochilinha/pochete, boné, protetor solar, repelente, máquina fotográfica subaquatica, pé de pato, snorkel e máscara, dinheiro em espécie, alguns remedinhos (é dificil encontrar lá, só há um posto de saúde e o hospital mais próximo está há 350 Km)
Não esqueça: Noronha fica em outro fuso horário, uma hora a frente do horário de Brasília
* Companheira de todas as horas, Thais é uma super jornalista, que vive antenada em tudo e adepta às redes sociais. Morre de medo de avião, mas o superou para ir conhecer as belezas de Noronha
>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens
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