Fim de semana em Lisboa

Por Bia Prescott*

Chegamos a Lisboa, Portugal, em uma sexta-feira no fim do dia, deixamos as malas e já fomos direto para o Chapitô, que não é apenas um ótimo restaurante, mas também um espaço cultural que tem uma vista privilegiada da cidade! Pena que não consegui tirar fotos boas. Saímos de lá e fomos caminhar pelo bairro Costa do Castelo que tem ruas estreitas e cheias de charme, nosso passeio noturno foi em direção ao Chiado, o bairro boêmio local.

Sábado começamos passeando pelas margens do Tejo na parte moderna de Lisboa, na Exponorte. Eu, que normalmente detesto construções modernas, fui completamente pega de surpresa e gostei muito da Lisboa moderna!

Igreja queimada | Fotos: Vitor Mazon

Depois fomos ao Rossio, passamos a manhã por lá, conhecemos a Igreja de São Domingos, que está junto à praça do Rossio. Esta igreja é especial, porque, em 1755, um terremoto a destruiu, ela foi reconstruída reaproveitando algumas partes antigas, mas, em 1959, um incêndio acabou por destruir sua decoração. As marcas deste incêndio nunca foram escondidas.

Elétrico 

Bondinho da Exponorte

Após o almoço, fomos à rua Augusta. Vimos o elevador de Santa Justa, mas não subimos, andamos até o arco. Dividimos nosso grupo em dois. A minha metade tomou o elétrico na esquina da Rua Augusta com a Rua da Conceição, se não me engano o Graça 28 (no ponto tem todas informações), em direção ao Castelo de São Jorge.

Pedaço do Castelo de São Jorge

O motorista grita "Castelo" na hora que o ponto se aproxima, então, não se preocupe em errar a saída. Você desce do elétrico em um mirante que já tem uma vista linda, siga as placas e suba em direção ao castelo. Lá você pode explorar as muralhas, os entornos e se deixar levar pela vista espetacular.

Detalhe na rua Augusta

Voltamos para a rua Augusta, ponto de encontro para reunir nosso "minigrupo". Eu, formiguinha que sou, não podia mais aceitar que estava em Lisboa havia quase 24 horas e ainda não tinha provado sequer um docinho português. Minha Tia Teti, que está passando uma temporada nas terras portuguesas, resolveu, então, me levar à Doceria Versailles.

Finalmente, comi docinhos portugueses! Provei o de todo mundo e estavam todos uma delícia, mas o que vale mesmo é a viagem no tempo que é a doceria! E um must go do local é o banheiro, que é lindo, uma confirmação de que você viajou no tempo em direção a um passado cheio de charme!

Bom, saímos da doceria atrasados para nosso encontro da noite. Pegamos o metrô rumo ao bairro da Alfama, onde fomos escutar fado vadio (cantado por amadores, por isso esse nome) e jantar no A Baiuca, um mini restaurante com cinco mesas comunais, onde é essencial fazer reserva. Lá se escuta fado vadio das 21h30 até a meia-noite, são diversos cantores que fazem pequenas apresentações durante a noite. Simultaneamente o jantar é servido, peça a pera bêbada de sobremesa!

Domingo, fomos visitar a igreja e o monastério dos Jerónimos, um must go lisbonense! Simplesmente maravilhoso! E vale lembrar que, aos domingos, a visita ao monastério é de graça. Na igreja, estão os corpos de Camões, Vasco da Gama e outros.

Do outro lado da rua, encontra-se o Monumento aos Descobrimentos, na margem do Tejo, esse monumento marca o local de saída das naus portuguesas. De lá você consegue ver a Torre de Belém mais ao fundo e o encontro do Tejo com o mar.

Monumento aos Descobrimentos

Estando em Belém, dona formiguinha que vos fala não podia ficar sem comer um famoso pastel de Belém quentinho! E vou dizer faz jus a fama: fantástico! Almoçamos e fomos ao oceanário de Lisboa, outro must go lisbonense!

Além de ter uma ótima seleção de vida marinha e um prédio lindo, o oceanário é super bem conservado, limpo e organizado! Passa uma sensação de total cuidado com os animais que ali moram e isto acalma pessoas como eu, que, apesar de ser muito curiosa e amar ver os bichinhos assim tão de pertinho (obs não consigo fazer mergulho), sei que não é o melhor para eles estar num aquário enquanto eles tinham um oceano inteiro para viver.

Oceanário

Terminamos o domingo calmamente em casa, porque, no dia seguinte, Vitor [Mazon, o namorado fotógrafo] voltaria para Paris bem cedinho e eu continuaria com meus pais e tia por mais três dias em Lisboa.

Nestes três dias seguintes, não fiz mais passeios por Lisboa, mas bate-volta de um dia, só que não posso deixar de dar últimas dicas da cidade, terceiro must go lisbonense é o restaurante Solar dos Nunes! Serviço super cuidadoso e simpático, garantia de ser bem atendido, comida sensacional e uma sangria de champanhe inesquecível!

Vá ao Solar para comer muito bem e ter as melhores lembranças da gastronomia portuguesa! Ultima dica: se você ler no menu de sobremesas de qualquer restaurante  "Barriga de Freira" peça! Um dos melhores doces que já comi da minha vida e olha que eu como muitos!

Resultado: Eu e Vitor concordamos e dizemos em coro "Lisboa, sua linda".

Arco da rua Augusta

Mais um adendo:
E ainda se você quiser levar um presentinho bem diferente dos galos e azulejos portugueses turísticos uma boa pedida é o livro "O Alfaiate Lisboeta", uma coleção de fotos do fotógrafo José Cabral (autor do blog com mesmo nome do livro) que como ele mesmo diz vai além das fotografias de street style "é uma compilação de momentos".

Dicas úteis:
O passe de transporte é ilimitado e vale por 24 horas. Pode ser comprado no metrô por 5 euros e serve para ônibus, metro, elétrico e até mesmo no elevador de Santa Justa.

Endereços:

Chapitô 

Costa do Castelo, n.º 1 / 7

1149-079 Lisboa - Portugal

A Baiuca

R. S. Miguel, 20, Lisboa, Portugal

218 867 284

Pastéis de Belém

Rua de Belém, 84 a 92. Lisboa.

Solar dos Nunes

Rua dos Lusíadas, 68 

Telefone: +351 213 647 359

* Minha prima querida Bia se formou em fonoaudiologia e se mandou para Paris em meados de 2011, onde permanecerá até o segundo semestre deste ano. Enquanto isto, eu vou torcer para que ela escreva muitos posts pro Mosaico!

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens