segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Paris : andando de Italie até o Jardin de Luxembourg

Por Jordana Viotto*

Meu plano era pousar no aeroporto Charles de Gaulle (em Paris, na França) e ir praticamente direto para a Torre Eiffel. Mas chegar à torre foi um processo parecido com o da personagem do conto Felicidade Clandestina (Clarice Lispector). Era como se eu quisesse guardar aquele encontro.

Então, reservei o primeiro dia para me perder pelas ruas. Estava num hotel no bairro de Italie (13eme arrondisement) e queria ir até a Sorbonne (5eme/6eme).

Fui parar nessa rua chamada Mouffetard, que é uma das mais antigas de Paris. Ela é estreitinha e vai se espremendo entre padarias, queijarias, açougues, docerias e lojas charmosas. É uma experiência da Paris romântica, em que cada estabelecimento tinha sua especialidade.


De lá, cheguei ao Pantheon, um dos edifícios mais imponentes da cidade (se não for "O" Mais). Na praça fica também a faculdade de direito e a "subprefeitura".

De frente para o Pantheon está a rua Souflot, cheia de bistrôs, cafés e lojinhas. Ótimo lugar para uma pausa.   Eu fui até o 159 da rua Saint Jacques (uma das travessas da Souflot), na patisserie Bon, para pedir uma "quentinha". Você escolhe o que comer. E pedi um eclair de café de sobremesa (o de chocolate também é divino).
Fui até a praça do Pantheon, sentei no chão e comi aproveitando os últimos dias de sol. Sai por menos de 10 euros.

Descendo a Souflot, cheguei ao Jardin de Luxembourg, que de cara virou um dos meus lugares preferidos. Um parque lindo, cheio de flores muito coloridas, com muitas cadeiras para as pessoas ficarem ali lendo um livro, conversando ou tomando um sol. Um pouco mais central fica o Jardin de Tuileries, ao lado do Louvre, de onde dá para ir até a Champs Elysées.

Quem tiver perna, consegue andar até a Torre Eiffel também. Dá para pegar o Batobus, um barco que tem oito paradas no Sena, todas elas turísticas. As passagens duram o dia todo e é possível subir e descer a qualquer momento.

O intervalo é de cerca de meia hora. Esse é estilo “simprão”, custa pouco, é pra quem não quer luxo, mas quer ver Paris a partir do rio. Tem outros barcos mais bacanas que fazem passeios com jantar e vinho e todo o resto do “gramu”.

 *A Jordana está no início de um período de quase um ano morando na França. Em setembro, eu escrevi um post sobre dicas de Paris, dedicado para ela. Enquanto fica por lá, compartilha suas experiências no blog Vou ali e já volto.

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