Assim como São Paulo ou Nova York, Toronto é uma cidade
cosmopolita e me pareceu bastante voltada aos negócios. De todos os lugares que
visitei na viagem ao Canadá (leia post sobre as impressões gerais do país e o roteiro), Toronto foi a que menos me encantou. Ela não tem o charme de Montreal
e Ottawa e nem a parte antiga e histórica de Quebec. Por outro lado, para morar
deve ser uma cidade bem gostosa.
Grande para os padrões canadenses (2,6 milhões de habitantes,
segundo a Wikipedia),
Toronto é organizada, limpa, tem parques, além de diversas opções de restaurantes,
bares museus e teatros. E ainda dei sorte de estar lá na semana do Toronto
International Film Festival (TIFF), inclusive, quando eles fecham parte da rua
King, de quinta a domingo, para a chegada de celebridades no tapete vermelho e
realização de atividades ao ar livre ligadas ao festival, como shows e food
truck. Os restaurantes fazem anexos, que “invadem” a rua para receber mais
clientes. Uma delícia!
Michael Moore marca presença no TIFF 2015 |
Eu cheguei no meio do dia de uma segunda-feira e saí sexta
cedo em direção a Montreal. Como estava de carro, fiz logo de cara um tour
pelas principais ruas do mapa (aquele que se pega no hotel) para ter uma visão
geral da cidade.
Assim, pude planejar o que fazer em cada dia. As atrações
turísticas ficam concentradas em uma área pequena e de fácil locomoção. É onde
também se localizam os hotéis e a famosa CN Tower, cartão-postal de Toronto.
The Esplanade street: bares com mesas na calçada agradam no verão |
O que fazer
Desta vez, eu não caminhei tanto pelos bairros como costumo
fazer, mas visitei todos. No dia em que cheguei, dei uma volta de carro para conhecer
geral e parei para comer no Bier Markt da rua The Esplanade — bem no começo desta
rua, perto da rua Yonge, há alguns bares e restaurantes com mesas na calçadas. De
cara, provei (e adorei) o poutine.
Casa Loma |
No dia seguinte, fui à Casa Loma, uma mansão construída por
um financista que herdou os negócios do pai e resolveu fazer um castelo para
morar. O cara acabou falindo e palacete virou museu. Na sequência, um passeio pelo High Park e depois parada para andar pela área da
velha e da nova prefeitura, passando pelo Yonge-Dundas Square, uma praça onde
eles fazem shows, feiras e eventos — quando fui estava rolando uma feira com apresentações
e stand de vendas de produtos de
tecnologias vestíveis.
À noite, o jantar foi no restaurante 360 º da CN Tower, com
reserva para 18h30 para ver, lá do alto, o pôr-do-sol. Estava tudo ótimo,
atendimento, comida, vinho e, principalmente, a vista. Quem janta lá, não paga
para fazer a visita normal, passando pelo minúsculo chão de vidro.
Dentro do restaurante 360º na CN Tower |
Toronto à noite e do alto |
No terceiro dia, aproveitando o carro, dirigimos até Niágara
para ver as cataratas. São 134 km, mais ou menos cerca de duas horas de
distância. No ano passado, visitei Foz do Iguaçu e tenho de dizer que as nossas
quedas d’água dão de oitenta mil nas deles.
Para fazer o passeio de barco e
trilha, é preciso comprar o tíquete que custava, em setembro, $54,95. Eu não
estava a fim de me molhar, então fiquei passeando e apreciando a vista. Há uma infraestrutura legal, com banheiros, restaurantes
e bares. Tem torre (não tão alta quanto a CN) para observação e, se eu não me
engano, com restaurante.
O caminho entre Toronto e Niágara é também a rota de vinhos
do Canadá — e eu nem sabia que o país era produtor. De acordo com o tour que
fiz no Château des Charmes, aquela região chamada de Niagara-on-the-Lake é a
mais apropriada — para não dizer única — do país adequada para produção. Na Île
d’Orleans, no Quebec, também são produzidos vinhos, mas são bem ruins.
Em Niagara-on-the-Lake, há diversas vinícolas. Escolhemos o Château
des Charmes vendo placas e paramos. Foi uma excelente escolha! O lugar é supergostoso,
agradável e bonito. A visita guiada custou 10 dólares canadenses, sendo $5 de
desconto na compra de garrafa. Quem acompanha o blog sabe como gosto de vinho. Saindo
desta, paramos em outro vinhedo chamado Between the lines. Ali é mais
degustação e loja. Acabamos levando o Ice Wine, uma iguaria da região. Este tipo
de vinho, feito com uvas congeladas, pode ser bastante doce e me pareceu
adequado para acompanhar sobremesas.
Na volta para Toronto, desviamos o caminho para parar em
Guelph É uma cidade bem pequena. Jantamos por ali, em um bar, e retornamos para
Toronto.
Toronto Islands |
No último dia antes de pegar a estrada rumo a Montreal, o
roteiro começou pegando a balsa (CAN 7,5 ida e volta) para ir às Ilhas de
Toronto. A balsa para em três pontos: Centre Island, Ward's Island e Hanlan's
Point (onde fica um aeroporto doméstico). O melhor é o parar no centro, mas
pelo horário tive de ir para Hanlan — clique aqui ara checar os horários. Assim, foi uma boa caminhada de uns 4 km até a parte
central, onde alugamos uma espécie de bicicleta e pedalamos para conhecer o resto
da ilha.
A parte da tarde foi uma grande caminhada pelo bairro antigo, almoçando no mercado St. Lawrence, passando pela catedral e indo até o Distillery District, que é uma graça. Antes de voltar ao Brasil, passei uma noite em Toronto e jantei lá.
Distillery District: arte e comida em perfeita harmonia |
Bairros
Uma dica para planejar o que fazer enquanto estiver em
Toronto é visitar a cada dia um ou dois bairros. Assim, otimiza-se tempo com o
transporte. Toronto tem alguns bairros indicados nos mapas e guias para o
turista conhecer. São eles:
- Entertainment District: lugar onde estão reunidos teatros, cinemas, cafés e bares. É ali ondem estão a CN Tower, o centro de convenções, o aquário e o Rogers Centre. Subir na torre vale muito a pena. Fui no fim do dia e assim pude ver tanto o horizonte no claro quanto as luzes da cidade à noite. Clique aqui para checar os preços dos ingressos
- Financial District: ao lado do bairro de entretenimento, está o centro financeiro. Caminhe por ali olhando para cima para apreciar os arranha-céus.
- Old Town: mais ao leste da cidade fica a parte antiga. Vale a pena andar por lá para conhecer a catdral St. James, o mercado St. Lawrence Market e o distillery, que reúne galerias de arte, lojas de roupa e decoração, bares, casas noturna e restaurantes.
- Bloor Yorkville: pequeno pedaço da rua Bloor com lojas de grife e hotéis caros. Gostoso para caminhar e olhar vitrine. A rua Bloor é gigante, mais para frente passa por campo de futebol da universidade, depois concentra restaurantes e lojas orientais.
- Downtown Yonge: Yonge é a rua principal da parte mais central. Tem de tudo.
- Chinatown: não conheci, mas imagino que seja igual aos bairros chineses que existem em outros lugares
Prefeitura velha de Toronto |
Além destes, dirigindo pelas ruas, vi bairros português e coreano, além de partes com casas lindas e grandes, perto da Casa Loma.
Onde ficar
Downtown é o melhor lugar. O metrô cobre esta área e há
várias linhas de ônibus. Procure hotéis no quadrilátero entre as ruas Bloor e a
Floor e entre a Spadina e a Church. Não será difícil achar boas opções, uma vez
que ali estão concentradas as redes hoteleiras.
Onde comer
- The Esplanade: rua conta com diversos bares e restaurantes, com mesas para fora, inclusive.
- St. Lawrence market: mercadão, com barracas que vendem sanduíches e comidas rápidas. Conta com mesas e cadeiras no andar de cima, em uma parte aberta
- O pedaço entre as ruas King e John também tem diversos restaurantes gostosos
- O restaurante 360º da CN Tower é bem gostoso, mas caro. É indicado reservar pelo site (aqui)
- Uma ótima pedida é aproveitar a visita ao Distillery District para almoçar ou jantar. À noite, os bares ficam animados
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Confira todos os posts sobre o Canadá
Hotel
Quando fui: setembro de 2015
Hotéis que fiquei: 4 noites no Comfort Hotel Downtown e 1 noite no Courtyard by Marriott Downtown
O que achei do hotel: Ambos hotéis foram bem gostosos e em regiões legais. O Courtyard era um pouco superior, bem de negócios e localizado em Downtown Yonge. O Comfort era mais perto de Bloor York. Recomendo os dois.
Por onde reservei: Booking
Hotéis que fiquei: 4 noites no Comfort Hotel Downtown e 1 noite no Courtyard by Marriott Downtown
O que achei do hotel: Ambos hotéis foram bem gostosos e em regiões legais. O Courtyard era um pouco superior, bem de negócios e localizado em Downtown Yonge. O Comfort era mais perto de Bloor York. Recomendo os dois.
Por onde reservei: Booking
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