Barco-hotel |
No dia seguinte, cedinho, no aeroclube, eles pegaram um pequeno turbo-hélice para mais 35 minutos de voo com destino a Nova Olinda do Norte, uma cidade com cerca de 30 mil habitantes que foi criada, em 1956, decorrente de uma possível exploração de petróleo do Amazonas. Segundo o site do município, em 13 de maio de 1955, jorrou petróleo e "o governador Plínio Coelho apareceu nas primeiras páginas dos jornais brasileiros com o seu terno de linho branco tingido com o petróleo que jorrou do poço". O período de euforia e esperança teve, no entanto, curta duração. A Petrobras alegou que o hidrocarboneto da região não tinha valor comercial e determinou o fechamento dos poços.
Ao desembarcarem em Nova Olinda do Norte, o grupo percorreu mais alguns quilômetros em ônibus até alcançar o local onde o barco-hotel o aguardava, na beira do rio Abacaxis. Com 35 metros de comprimento, a embarcação contava com 18 tripulantes e era acompanhada por um barco de apoio, chamado Falcão Negro, que levava mantimentos, gasolina e o que mais o grupo fosse precisar.
Na Amazônia, o dia começava bem cedo: às 5h30 se tomava café da manhã (muito bem-servido) e, perto das 6h30, os homens se dividiam em duplas para pegar a voadeira, uma lancha que os levaria aos locais adequados para pescar e onde ficavam até 11h30.
Em cada voadeira, iam o piloteiro e dois turistas-pescadores. O piloto era responsável por encontrar o lugar. "Em cada período, íamos para um local diferente. Navegávamos cerca de meia hora até achar o ponto ideal," relata meu pai.
Meu pai! |
Pirarara de 22 quilos: o maior peixe da turma |
Por volta das 7h30 era servido o jantar, que podia ser macarronada, churrasco e peixe na grelha. Quando a refeição incluía pescados, as duplas ficavam incumbidas de levar os peixes, como no terceiro dia, quando o pessoal fez um churrasco de Tucunaré na beira do rio.
Apesar de rodeados por água, não era permitido nadar. Era muito perigoso por conta das piranhas. Mas, ao contrário do que se pode imaginar, não havia muitos insetos. "Apenas fomos atacados por maribondos, o que deixou o vidro a embarcação repleto de mosquitos mortos."
Dicas
- Roupas leves que não esquentam e que secam mais facilmente
- Camiseta branca e de manga comprida é uma boa pedida para evitar queimaduras solares
- Boné (uma ideia é umedecer uma fralda de pano e colocá-la embaixo do boné para proteger a nuca)
- Protetor solar
- Capa de chuva
- Repelente (ainda que não haja mosquitos é sempre melhor estar prevenido)
A viagem foi toda organizada pela Ecofishing e o valor da excursão não foi revelado pelos integrantes da turma.
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