terça-feira, 19 de junho de 2012

Informações básicas para ler antes de conhecer Praga

Praga, capital da República Checa, foi a primeira cidade que eu conheci do Leste Europeu. Eu tinha muita vontade de ir à Europa del Este quando morei na Espanha, mas acabei fazendo outros roteiros. Dizem, inclusive, que Viena, capital da Áustria, é mais bonita que Praga, mas, como ainda não fui, não posso dizer. 

Indo do Brasil, o trajeto até Praga é cansativo, porque não há voos diretos. Fui a trabalho no carnaval de 2009. Era uma visita à sede da AVG (sim, do anti-vírus) em Brno, que fica distante cerca de uma hora de Praga. Como a parte de trabalho começava na terça, antecipei por minha conta a ida para aproveitar uns dias e conhecer a cidade. Assim, parti do Brasil na sexta. Fui de Air France, saindo de São Paulo às 20:20 e chegando a Paris às 11:35. O voo até Praga é curto; saiu às 13:05 do Charles de Gaulle e aterrissou em Praga às 14:40. 

Praga não é cara, o que é ótimo. Leve dólar e troque lá (somente um parte pequena no aeroporto, onde, normalmente, o câmbio é ruim para o turista). No centro ou nas vias principais você encontra casas de câmbio - bom, na verdade, algumas são umas portinhas-cabines.

O ideal é não trocar todo o dinheiro no hotel/aeroporto e nem tudo 
de uma vez. O valor da moeda (coroas tchecas, eles não estão da zona do Euro) varia diariamente e em cada casa de câmbio. Então, pesquise antes e prestar atenção aos valores para buscar a melhor conversão. 
Ignore a língua (checo), porque você não vai entender nada mesmo, e invista no inglês (falar com a ajuda de gestos funciona bem também). O povo é bem amável, o que facilita a comunicação, e a cidade é bem turística, então, o comércio está acostumado com as pessoas que não fazem ideia sobre o que eles estão falando.  


A língua checa, segundo um dos executivos da AVG, é mais das mais complexas que existem, perdendo para o chinês, japonês e por aí vai. As palavras mudam conforme estão posicionadas nas frases ou o sentido delas. Por exemplo: casa se fala e escreve diferente quando se refere a, por exemplo, 'minha casa', casa dela ou casa de chá. O checo forma, junto com o polonês, o eslovaco e o sórbio, o subgrupo ocidental das línguas eslavas.


O bom de os preços serem mais baixos é ficar hospedado em um hotel 4 estrelas pagando o preço de um de 1 ou 2 estrelas, se você estivesse em Paris. Procure se hospedar perto da parte histórica (o centro antigo), porque assim fará praticamente tudo a pé e terá por perto restaurantes, bares e lojas. Meu hotel ficava uns 10, 15 minutos de caminhada. 


As melhores regiões para se hospedar são Staré Město ou Hradcany. Já Nové Mesto e Mala Strana são razoaveis, mas não o ideal.

No carnaval fazia frio. A temperatura média ficava na casa dos 2 a -2 graus. E o fato de ter chovido todos os dias enquanto estive por lá dava a sensação térmica de fazer mais frio do que realmente estava. Em Brno,  o tempo era um pouco mais quente, chegando a 6 graus, mas ainda assim bastante frio e com muita neve.


O que comer?
A culinária checa apresenta pratos bem fortes e não muito sofisticados. É compreensível: o frio pede alimentos mais pesados. Gostei bastante do goulash, que, apesar de ser húngaro, estava presente em praticamente todos os cardápios que olhei.

De modo geral, a culinária é baseada em pratos com carne de porco e de gado, batatas, arroz, chucrute e uns bolinhos feito de massa de pão cozido. Tudo com bastante molho - alguns apimentados. Os "pratos do dia" valem a pena. 

Não fui a nenhum restaurante chique. Me lembro do nome de um apenas, chamado "U vej vodu", um tipo de bar (estilo Outback ou algo assim) onde grupos de jovens se reúnem para comer, beber cerveja e comer/petiscar. Bom custo beneficio e clima menos turístico e mais jovial.
Não espere encontrar saladas ou pratos mais frios. Mas também não deixe de experimentar as salsichas, bastante comuns no país. Nas ruas, existem barracas que as vendem. São uma delícia! 
E, claro, tem a cerveja checa, famosa no mundo todo. Eu não sou muito fã de cerveja e chope, ainda mais no frio. Porém, uma vez lá, é preciso experimentar. Achei muito forte (para os meus padrões) e servida quente (acho que para o paladar de qualquer brasileiro). Atente-se ao tamanho dos copos. Não raro são servidos copos de meio ou um litro.


O principal tipo de cerveja produzida em Praga é lager, sendo as mais conhecidas a Pilsner Urquell e a Budvar (Budweis). Achei um site (leia mais neste post) que explica mais sobre as cervejas checas.
Hospedagem
Quando fui: carnaval (fevereiro) de 2009
Hotel que fiquei: Hotel Christie
Preço: A diária custou cerca de 60 euros para duas pessoas. 
O que achei do hotel:  É um 4 estrelas bem-localizado que, na época em que fui (fevereiro de 2009), tinha um excelente custo/beneficio.
Por onde reservei: Venere

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens

Um comentário:

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