Visitar as cidades chinesas tem suas peculiaridades. Reúno algumas dicas para ajudar o turista a entender um pouco de Xangai.
Idioma
Assim como nos outros lugares da China, em Xangai as pessoas não falam inglês — e isto inclui o atendente do escritório de informação turística. O mais complicado, porém, é a dificuldade de muitos deles de lerem o nosso alfabeto e assim ficava complicado mostrar no mapa em inglês onde eu gostaria de ir. No entanto, as placas com os nomes das ruas estão escritas nos dois idiomas, o que facilita demais. No metrô também, sendo que no vagão a informação do alto-falante vem nos dois idiomas.Informações turísticas em chinês |
As placas das ruas estão escritas em inglês e chinês |
Com as pessoas na rua, o fato de o turista falar em inglês não acrescenta em nada, porque ninguém entende o idioma. Assim, quando eu me aproximava de alguém, primeiro perguntava se a pessoa falava em inglês e, se a resposta fosse negativa, eu continuava a conversa em português mesmo. As únicas pessoas que se comunicaram comigo em inglês foi um casal que me pediu para tirar foto e depois perguntaram se eu queria os acompanhar para tomar chá e eu aceitei — mesmo tendo lido no guia que isto era um golpe (mas isto conto depois!).
Locomoção
A melhor maneira de circular é por metrô. O táxi é bem em conta, principalmente, se tiver em duas ou mais pessoas; no entanto, não pode se esquecer de jeito algum o papel com o nome e o endereço do hotel em chinês. Para se ter uma ideia, o taxista que eu peguei no aeroporto internacional não entendeu o papel que eu mostrei com a reserva do hotel, porque estava em inglês. Nos hotéis, a recepção prepara um cartão com as informações que você precisa entregar ao motorista do táxi para que ele te leve de volta. Certifique-se de que o taxista ligou o taxímetro. Muitos não ligam e quando você chega ao destino cobram o que querem.
Já no metrô não tem erro, porque funciona da mesma maneira em todo canto do mundo, além de estar tudo traduzido para o inglês. A malha é bastante extensa e chega a praticamente todos os lugares. A linha 2 (verde) liga o aeroporto internacional ao centro. Comprar o tíquete é bastante simples já que as máquinas dão as instruções em inglês e em chinês: basta selecionar para onde você quer ir (linha e estação) e o custo do trajeto é calculado. O valor mínimo é de CNY 3, mas as vezes que eu usei não saiu por mais de CNY 4. Atenção: não jogue fora o bilhete, pois é necessário inseri-lo para abrir a catraca da saída e, assim, confirmar se a estação que você comprou é a que está descendo — não tente burlar.
Eu não andei de ônibus, mas observei que nos pontos as informações estão somente em chinês. Por esta razão, não sei se é uma boa fazer esta opção.
Custo
Xangai é uma das cidades mais caras da China. As atrações turísticas cobram entrada e algumas podem ser salgadas para o bolso do brasileiro. No entanto, comer em restaurantes mais simples sai bastante em conta. Para compras, é preciso avaliar bem, porque lojas como Gap e Zara praticam preço semelhante ao de São Paulo. Já nas lojas mais simples de rua ou nos camelôs a regra é negociar o máximo que conseguir. Eu precisa comprar uma mala, porque a minha viajou quebrada. O preço começou em CNY 360 e eu levei por CNY 180. Dica importante: dê preferência para dinheiro em espécie porque nem todo lugar passa cartão. Como referência, seguem alguns preços praticados em setembro de 2014:
Locomoção
A melhor maneira de circular é por metrô. O táxi é bem em conta, principalmente, se tiver em duas ou mais pessoas; no entanto, não pode se esquecer de jeito algum o papel com o nome e o endereço do hotel em chinês. Para se ter uma ideia, o taxista que eu peguei no aeroporto internacional não entendeu o papel que eu mostrei com a reserva do hotel, porque estava em inglês. Nos hotéis, a recepção prepara um cartão com as informações que você precisa entregar ao motorista do táxi para que ele te leve de volta. Certifique-se de que o taxista ligou o taxímetro. Muitos não ligam e quando você chega ao destino cobram o que querem.
Não se engane com esta fila organizada: uma vez que o vagão chega todo mundo vai empurrando para entrar |
Eu não andei de ônibus, mas observei que nos pontos as informações estão somente em chinês. Por esta razão, não sei se é uma boa fazer esta opção.
Andar pelas calçadas requer muito cuidado, já que bicicletas (elétricas ou não) e motinhos dividem o espaço com o pedestre. Atravessar as ruas é uma loucura para não dizer perigoso |
Andar a pé também é uma ótima pedida. Eu sempre prefiro caminhar para conhecer os lugares melhor. Em Xangai, não tem perigo circular a pé mesmo à noite — todos os lugares que eu pesquisei antes de viajar diziam que as leis são muito severas, então, não há violência. Eu conheci a cidade caminhando e adorei. Mas é preciso prestar muita atenção para atravessar qualquer rua. Mesmo com o sinal verde para os pedestres, carros, ônibus, motos e bicicletas passam, tirando “fina” de quem transita a pé. Quando eu li no guia que comprei que, se achar que der para atravessar no vermelho, é melhor ir que esperar o verde, eu não levei muito a sério, mas esta é a mais pura realidade. Eu seguia os locais prestando muita atenção. Mesmo assim, achei que fosse ser atropelada em vários momentos.
Custo
Xangai é uma das cidades mais caras da China. As atrações turísticas cobram entrada e algumas podem ser salgadas para o bolso do brasileiro. No entanto, comer em restaurantes mais simples sai bastante em conta. Para compras, é preciso avaliar bem, porque lojas como Gap e Zara praticam preço semelhante ao de São Paulo. Já nas lojas mais simples de rua ou nos camelôs a regra é negociar o máximo que conseguir. Eu precisa comprar uma mala, porque a minha viajou quebrada. O preço começou em CNY 360 e eu levei por CNY 180. Dica importante: dê preferência para dinheiro em espécie porque nem todo lugar passa cartão. Como referência, seguem alguns preços praticados em setembro de 2014:
Veja mais fotos
no álbum do Facebook do Mosaico
Atrações:no álbum do Facebook do Mosaico
- Subir no observatório que fica no topo do Shanghai World Financial Center ou na Oriental Pearl Tower: CNY 180 – CNY 200
- Atravessar o Bund Sightseeing tunnel (só ida): CNY 50 (ida e volta custa CNY 70)
- Entrada para o templo The city temple of Shanghai: CNY 10
- Entrada para o templo Jing’an: CNY 50
- Táxi do aeroporto para Pundong: cerca de CNY 150
- Metrô: o preço varia conforme o local de partida e de chegada. Meus bilhetes custavam ora CNY 3, ora CNY 4
- Jantar noodles e um chá com limão em restaurante simples no shopping: CNY 48
- Uma bola pequena de sorvete Haagen-Dazs: CNY 33
- Uma Coca-Cola pequena no Mac Donald’s: CNY 8,75
- Prato e um chá com limão (almoço tipo PF) em um restaurante frequentado por locais perto do local de trabalho: CNY 70
- Chá pequeno no Starbucks: CNY 20 a CNY 35
- Pratos em restaurantes mais chiques custam acima de CNY 45
Internet
O mais importante para saber é que na China o acesso à Internet é controlado e não dá para se conectar a redes sociais, como Facebook e Twitter. O Gmail e a página de pesquisas do Google ficam bastante lentas. WhatsApp, Skype e Viber funcionam normalmente. Para burlar este bloqueio, é preciso instalar no seu computador uma rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês) que vai fazer com que você navegue na Internet usando um IP de outro país (como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra etc). Existem diversos serviços deste tipo fáceis de encontrar na web. Escolha um e já deixe seu notebook e smartphone com a VPN instalada, de preferência, antes de ir.
Por sugestão de uma amigo, baixei a versão gratuita do TunnelBear, mas tive muitos problemas e acabei pagando por um outro - o StrongVPN (US$21 por três meses). A mensagem que vinha do TunnelBear era de que minha conexão não era boa e não conseguia me logar para ligar a VPN. O lado bom é que 500 MB são gratuitos — eu entrei na promoção do Twitter e ganhei mais 1 GB. E também gostei da versão para o celular. Não desinstalei e pretendo usar. O problema é que o WiFi do meu hotel era muito ruim. Quando eu pesquisei, os produtos que achei melhores foram o da VyprVPN e o da StrongVPN. Ambos são pagos.
Existe ainda a opção de comprar um SIMcard pré-pago. Sai cerca de CNY 100 e vem com algum crédito. Certifique-se de que a banda na qual seu telefone opera é compatível. Também vi várias cabines no meio da rua escrito WiFi, mas não sei exatamente como funciona.
Comida
Há muito noodle,frango, carne de porco e frutos do mar. A comida não está muito distante do que os restaurantes chineses (não estou falando de China in Box) do Brasil oferecem. Quem é fresco ou enjoado para comer, pode ter problemas e não curtir muito a comida e a apresentação do prato, principalmente, nos restaurantes mais simples.
Algumas iguarias até eu que não sou fresca não encarei: como um espetinho de algo que imaginei fosse uma asa de frango, mas que mais se parecia com um passarinho no palito, e com umas patinhas fritas de ave. A boa notícia é que há vários Mc Donald’s, KFC e Subway espalhados pela cidade, além de Starbucks e uma rede concorrente (bem gostosa) chamada Costa Café. Para os fãs de doces, há Haagen-Dazs em toda esquina. Em Xintiandi, que é uma área com restaurantes e bares, há opções para todos os gostos. Eu fui a uma bar de tapas espanhol que estava uma delícia.
Na feira de rua, galinhas, patos e caranguejos são vendidos vivos |
Como toda cidade grande, há as opções baratas e as caras. Os shopping centers têm boas praças de alimentação e muitos cardápios dos restaurantes trazem a imagem do prato, já que nem todos traduzem para o inglês. Daí é só pedir apontando o que você quer. Os restaurantes não cobram 10%.
Eu evitei comer carne por algum tempo, por não confiar muito na procedência, mas depois dei uma desencanada. Comi bastante noodle, dumplings e legumes cozidos. Em uma das refeições, em um restaurante que me pareceu bem de gente que vai lá comer no horário de trabalho, pedi caranguejo com legumes e na bandeja vieram ainda uma sopa e melancia fatiada. O problema foi comer o caranguejo de palitinho. Tive de apelar para as mãos. O noodle eu tive dificuldade, mas consegui dar um jeito de enrolar o macarrão no palito e levar a boca.
Costume local
Esqueça o que você conhece como boa educação. Os chineses arrotam, catarram e cospem no chão em público e o tempo todo. Duas situações bizarras: uma amigo meu viu um menina e achou gatinha, mal terminou de pensar isto a menina fez aquele barulho com a garganta e cuspiu no chão, no meio do Xintiandi, que é um lugar super arrumadinho com bares e restaurantes. No café da manhã do hotel 5 estrelas que fiquei durante o evento, o funcionário que estava no buffet fez igual a menina, mas dentro da pia do restaurante — e o gerente ao lado dele não fez nada.Os taxistas dirigem mal (o que não chega a ser diferente da realidade brasileira) e falando ao celular. Ao redor do banco do motorista tem um vidro para deixá-lo um pouco isolado. Digo pouco, porque não é que este esteja totalmente cercado.
Em Xangai, os chineses vão para cima e para baixo ou com uma garrafa de água (a da torneira não é potável) ou com uma garrafa de vidro com saquinho de chá dentro.
Banheiros
Há muitos banheiros públicos espalhados pela cidade. Alguns são mistos e outros não. Já em bares, restaurantes, metrô, shoppings e atrações turísticas existem dois tipos de vaso sanitário: a privada como usamos e a privada turca, aquela que é um buraco no chão. Nos banheiros onde fui, havia as duas, com mais cabines da turca, principalmente, onde não é muito turístico ou mais moderno.
Hotel em Xangai
Quando fui: setembro de 2014
Hotel que fiquei: Grand Trustel Purple Mountain Hotel
O que achei do hotel: Ótimo hotel 4,5 estrelas. Recepcionistas falam inglês e são cordiais; excelente café da manhã. Fica um pouco distante da parte história, mas tem metrô bem perto. Um shopping que está localizado bem na frente do hotel pode ser uma boa opção para jantar ou tomar um café.
Por onde reservei: Booking
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