segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Noções gerais sobre o que fazer, como circular e onde ficar em Edimburgo

O castelo de Edimburgo é sem dúvida a atração principal da capital da Escócia, mas existem outros lugares a se visitar. Dois dias são suficientes para apreciar a charmosa cidade. Vale a pena também aproveitar a estadia para conhecer além de Edimburgo, em passeios para Highlands (interior da Escócia na parte norte), Lago Ness e destilarias locais de whisky. O escritório de turismo oferece informações e faz a reserva para diversas excursões de um ou mais dias, com valores a partir de 35 libras.
Rosslyn Chapel
Free tour
Assim como Berlim (ler o post aqui), Edimburgo também conta com um passeio guiado e a pé pelas ruas da cidade. Eu não fiz este, porque choveu e dei preferência ao ônibus de turismo, mas em Berlim fiz e amei. O ponto de encontro para o free tour é em frente ao Starbucks em Tron Kirk. O passeio ocorre todos os dias às 11 horas e às 14 horas e leva cerca de duas horas e meia cada. Não se cobra nada, apenas gorjeta (tips only). Grupo de acima de dez pessoas precisam reservar com antecedência. Há opção de guias que falam espanhol.


Ônibus de turismo
Os famosos ônibus vermelhos (e outras cores também) que circulam pelas ruas da cidade com paradas nos pontos de interesse (em inglês: hop on, hop off) também são uma ótima opção para se ter uma noção geral de Edimburgo e são uma alternativa boa para os dias com chuva.

Quatro linhas deste ônibus circulam pela capital da Escócia: Edimburgh tour, City Sightseeing; Majestic tour e MacTours. Se optar por uma linha apenas, o tíquete para 24 horas custa 14 libras para adultos, 6 libras para crianças, 13 libras para seniores (60 anos ou mais) e estudantes e 33 libras para família (dois adultos e até três crianças). Já se optar por usar as quatro linhas, os ingressos custam, respectivamente, 18, 7, 16 e 43 libras.

Por um pouco mais, pode-se adquirir o passe de 48 horas para as quatro linhas. Neste caso, os preços são: 20 libras para adultos, 8 libras para crianças, 18 libras para seniores (60 anos ou mais) e estudantes e 48 libras para família (dois adultos e até três crianças).

Valores pesquisados em novembro de 2014.
Muito comum no Reino Unido as antigas igrejas serem usadas para outros fins. Esta aí é um espaço para eventos. 
Onde ficar
A estação de trem é bastante central, praticamente na divisa entre cidades velha e nova. A rua Princes, onde fica a estação é uma das vias principais, com hotéis, lojas, escritório de turismo, cafés e restaurantes. Hospedar-se em hotéis algumas ruas para cima ou para baixo também é bem central e vale a pena.

Eu fiquei em York Place, que no mapa parece um pouco longe, mas leva menos de dez minutos de caminhada. A linha do tram passa nesta rua e, se eu não me engano, este meio de transporte vai até o aeroporto.

Do outro lado da estação, perto da North Bridge é outra opção legal e bem-localizada.

Imperdíveis
  • Castelo de Edimburgo 
Visto de muitos lugares da cidade, o Castelo de Edimburgo exige pelo menos duas horas de visitação e é melhor que não esteja chovendo, porque muitas partes são abertas. Gostei de visitar os aposentos, das explicações sobre os monarcas, sobre as transições de reinados e saber mais sobre as coroações. A parte onde ficava a prisão também vale a pena.

No inverno, só é permitido entrar até as 16 horas, já que o lugar fecha às 17 horas, mas uma hora é pouco tempo para apreciar a visita. A entrada custa 16 libras para adultos e 9,60 para crianças (menor de 5 anos entrada de graça).
Leia mais
  • Rosslyn Chapel
A medieval capela Rosslyn foi construída entre 1446 e 1484 e é linda! Para chegar lá de ônibus circular, pegue a linha 15 (custa 1,50 libra a passagem por pessoa por trecho ou 3,50 libras o tíquete por um dia). O trajeto demora cerca de 45 minutos com várias paradas — são aproximadamente sete milhas entre o centro de Edimburgo e o vilarejo de Roslin. O ponto de ônibus fica em frente ao hotel Rosslyn e para chegar à capela basta caminhar por uma rua pequena que fica bem na curva da estrada principal – é bem fácil e tem sinalização.

A entrada para a capela custa nove libras. Há uma lojinha e um café bastante agradável para descansar um pouco e tomar algo antes de retornar. A volta também é pelo ônibus da linha 15, que passa a casa hora e 25 minutos e 55 minutos.

Reserve um período (manhã ou tarde) para este passeio.
Museu do escritor
A pé
  • Caminhar pelas ruas Princes, arredores do St. Andrew Square e rua George.
  • Descer a Castlehill Lawnmarket, ir pelo viaduto George IV Bridge para pegar a Victoria Street e chegar à Grassmarket. 
  • Cruzar os viadutos South e North Bridge. 
  • Andar pela Queen Street apreciando os jardins. 
                           >>> Veja mais fotos no álbum do Facebook do Mosaico


Outras atrações  
Museus são normalmente gratuitos na maior parte do Reino Unido, exceto para visitação de exposições temporárias. Aproveite! 
  • Scottish National Portrait Gallery
  • Writters Museum — muito pequeno, vale para entender quem foram os grandes escritores da Escócia. 
  • Scott Monument — fica perto da estação, na Princes street. Basicamente, você vai ver muito este monumento 
  • Palace of Holyroodhouse — fundado inicialmente como um mosteiro por David I da Escócia em 1128. Serviu como principal residência dos Reis e das Rainhas da Escócia desde o século XV
  • Our Dynamic Earth — um museu que conta a história da Terra
  • Scottish Parliament — observe o contraste de sua moderna construção (do mesmo arquiteto que projetou o museu Guggenheim Museum de Bilbao)
  • Calton Hill — colina que possui vários monumentos nacionais escoceses e britânicos 
    Pub Maggie Dicksons
Onde comer
  • Grassmarket
É uma rua cheia de pubs e restaurantes (saiba mais nesta página que reúne todos estabelecimentos do local). Bem perto do castelo, é uma boa pedida para tomar uma dose de whisky e comer fish and chips, linguiças e outras comidas típicas (veja neste link alguns pratos tradicionais da culinária escocesa). Caminhe e escolha o que mais te agrade. Fui ao Maggie Dicksons e gostei.
  • George Street
Se Grassmarket lhe parecer muito para turista, tente a rua George. Com quatro quarteirões, entre Charlotte Square e St. Andrew Square, ela reúne restaurantes e pubs mais com cara de ser mais frequentado pelos locais. Aliás, se pretender fazer alguma refeição em um dos estabelecimentos do Jamie Oliver vá ao Jamie’s Italian, um italiano, muito agradável e com ótimo custo-benefício.
  • Elephant House
É um dos cafés onde J.K. Rowling escreveu Harry Potter — mas, de acordo com um guia turístico, muitos cafés e bares dizem que a autora passou algum tempo neles escrevendo... Se for ao Elephant House, não deixe de entrar no banheiro e ler as inúmeras mensagens (as pessoas escrevem trechos dos livros e recados para a autora). Também aprecie a vista para o castelo — e você entenderá a inspiração dela!

Além destes lugares, há cafés e pubs espalhados pela cidade. Algumas redes têm muitas unidades, como os concorrentes do Starbucks Caffè Nero e Costa Café.



Wi-Fi grátis
Em Edimburgo, assim como em outras partes do Reino Unidos, há bastante pontos de Internet sem fio grátis para os turistas. No entanto, para acessar a Internet por eles é necessário fazer um cadastro e aceitar os termos e condições de uso. 

O The Cloud é um dos mais usados, principalmente, porque é o oferecido pelo Caffè Nero. Faço o cadastro e poderá usar sempre que a rede estiver disponível.

Informações práticas
Quando fui: outubro/novembro de 2014
Hotel que fiquei: Ballantrae Hotel (8 York Place)
O que achei do hotel: Ótimo custo-benefício, perto de tudo, bem central. O quarto era no último andar (4 lances de escada) e não havia elevador, mas tanto na chegada quanto na saída nos ajudaram com a mala. Quarto de tamanho bom, chuveiro delicioso!

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens 


Fotos: Roberta Prescott e Thais Cerioni

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