Em quatro dias inteiros, é possível conhecer o essencial de
Londres. Para ajudá-lo a desvendar a cidade, o Mosaico preparou um guia básico
do que fazer na metrópole inglesa.
Cartão-postal de Londres: Big Ben, parlamento e London Eye | Foto: Guilherme Cerioni |
Dia 1: Big Ben, abadia de Westminster, London
Eye, Tate Modern, Tower Bridge e Tower
of London
Comece indo direto ao ponto: o Big Ben (rebatizado deElizabeth Tower em 2012). Ao sair da estação de metrô Westminster, você dará de cara
com a torre do relógio e o parlamento. Antes de cruzar a ponte, caminhe até a
abadia de Westminster, onde Kate Middleton e o príncipe William se casaram. É
possível conhecer internamente, pagando 18 libras — cheque os horários de
abertura e encerramento aqui.
Volte, na direção do Big Ben, e cruze a ponte Westminster
Bridge. A famosa roda-gigante (London Eye) fica do outro lado do rio Tâmisa. Se
o tempo estiver aberto, vale a pena pagar as 20,95 libras para ficar meia hora dentro
da cabine da roda-gigante observando a cidade do alto. Comprar pela internet dá
desconto, mas, se o céu estiver fechado ou com muita neblina, é jogar dinheiro
fora. Avalie também se algum dos combos oferecidos (como passeio de barco e
outras experiências) vale a pena. Clique aqui para ver o site.
Se você for do tipo que topa andar, minha sugestão é encarar
os 4,5 quilômetros que separam a London Eye da Tower of London. Fazendo isto,
você vai caminhar por toda uma margem do rio, passando por diversos pubs,
museus e atrações, como o London Aquarium (na verdade, fica no mesmo complexo
da roda-gigante), National Theatre, museu Tate Modern e o Shakespeare Globe.
Eu adorei tanto o Tate Modern quanto o Shakespeare Globe.
Museu é grátis, então, vale a pena espirar um pouco de arte moderna no Tate. Já
o Shakespeare Globe tem tours por 13 libras que contam a vida do famoso
escritor. Se tiver tempo, veja uma das peças em cartaz.
Neste trajeto, há lugares para comer ou toar algo. Fui a
três:
- The Swan at the Globe: é um pub colado no Shakespeare Globe. Gostoso para ir à noite. Cardápio inclui carne, salmão e hambúrguer, além, claro, das cervejas e vinhos.
- Doggetts Coat & Badge: são três andares, onde funcionam pub, restaurante e ambiente para festas fechadas. Almocei lá um tradicional fish & chips tomando pint ale. Tem mesas com vista para o rio, o que deixa o ambiente bastante agradável.
- Borough Market: é um mercado que vende diversas delícias culinárias, tanto para levar para casa (queijos, doces, mostardas, geleias, trufas negras e brancas, azeites, vinhos etc.), como para consumir ali mesmo, de pé. Não deixe de provar o sanduíche de salt beef (carne seca) no Northfield Farm. Esta dica já havia sido dada aqui no blog pelo Felipe Dreher. Fui conferir e amei!
Borough Market: uma ótima dica para degustar delícias locais |
>>> Veja mais fotos no álbum do Facebook do Mosaico
Cruze a Tower Bridge, que é o verdadeiro cartão-postal de
Londres, e ande até conseguir cruzar para a esquerda, que dará acesso à Tower
of London, chamado oficialmente (em português) de O Palácio Real e Fortaleza de
Sua Majestade, A Torre de Londres. A imponente fortificação reúne uma exposição
(paga) das joias da coroa britânica.
Tower Bridge: linda tanto à noite quanto durante o dia |
Dia 2: Palácio de
Buckingham, Hyde Park, Harrods e museus da Cromwell road
Duas estações de metrô te deixam perto do palácio de Buckingham:
a mais perto é a Victoria e saindo na Green Park é preciso atravessar um
parque, uma ótima pedida se o tempo estiver bom — eu peguei chuva e foi chato.
O palácio, em si, é besta. Você fica ali parado olhando os guardas com aquela
roupa ridícula, mas é um ponto que, uma vez em Londres, tem de conhecer. Não vi
a troca de guarda; vi partes na minha visita ao Castelo de Windsor e é chato
também.
Palácio de Buckingham |
Torça para o tempo estar bom para conseguir atravessar a
área em direção ao Hyde Park. Uma vez entrando no parque, o que muitos turistas
fazem é dar a volta no lago Serpertine. É uma bela caminhada. Vá com sapatos
bastante confortáveis. Se cansar, pare no restaurante/lanchonete perto do lago.
Ou compre quitutes e coma sentado em um dos bancos. O parque é bem bacana. Tem
muitos esquilos subindo em árvores; alguns que chegam bem perto e sobem nas
nossas pernas!
Perto do parque fica a famosa loja de departamento Harrods,
na localizada na rua Brompton Road. De produtos caros e em cerca de 90 mil
metros quadrados de área, é a maior loja da capital inglesa. Se gostar de chás,
há uma grande variedade de ervas, inclusive com embalagens bonitas para dar de presente.
Na parte de alimentação, a rotisserie oferece variedades de tortas, embutidos e
pratos feitos.
Saindo da Harrods, caminhe em direção à rua Cromwell
(basicamente a continuação da rua da loja). Nela ficam os museus Victoria and
Albert, museu da história natural e o museu de ciência. A entrada é gratuita
(exceto para exposições especiais), então, é possível para uma olhada em todos.
Harrods é a mais antiga loja de departamento e também a maior de Londres |
Pausa para um café? Opte pela cafeteria do museu Victoria
and Albert. Fica num jardim, na parte externa e é lindíssimo. Se curtir moda,
dê uma olhada a ala de vestuário, no piso térreo. Repare também nos lustres.
Lindo café que fica dentro do Museu Victoria and Albert |
Para jantar, quase em frente aos museus, na altura da
estação de metrô South Kensington, escolha um dos restaurantes na Exhibition
Rd. É um quadrilátero, parte fechado para pedestres, que tem opções de comida
espanhola, francesa, libanesa etc.
Quadrilátero com diversos restaurantes. Há opções para todos os gostos |
Dia 3: Palácio e
parque de Kensignton, Notting Hill e Camden town
Estes passeios são mais bem-aproveitados se feitos em um fim
de semana, pois é quando as feirinhas de rua acontecem. Mas, se não estiver em
Londres nem no sábado e nem no domingo, sem problemas. O passeio vale da mesma
maneira.
Parque de Kensington |
Minha sugestão é descer na estação de metrô High Street
Kensington e seguir na direção do parque. É nele que está uma das residências
reais o Palácio de Kensington. Foi lá que Diana morou e é nele que Kate e
William se hospedam quando estão em Londres. Parte do palácio é aberta ao
público ao preço de 16 libras.
Passeie pelo parque — tem um lago bonito também — e saia na
Bayswater Road. São pouco mais de dois quilômetros até a Portobello Road, em um
trajeto bastante agradável. Siga na Bayswater até a Pembridge (ali perto está a
estação de metrô Notting Hill) e vire nela à direita. A Portobello Road estará
à sua esquerda, assim que passar a rua Kensington Park Road.
Portobello Road sem a feirinha, mas igualmente encantadora |
Fui à Portobello Road em uma sexta pela manhã e estava uma
delícia de andar, a percorri quase inteira e somente em uma parte havia
barracas da feirinha que ocorre lá aos sábados. De qualquer maneira, é legal
observar as casinhas iguais ao filme Um lugar chamado Notting Hill e entrar nas
lojas (depois da terceira eu me cansei porque é tudo variação do mesmo tema!). A
livraria do filme, a Notting Hill Bookshop, fica na 13 Blenheim Crescent.
Almocei pelo bairro em um restaurante na Kensington Park
Road chamado Luna Rossa, um italiano bem gostoso, com mesas na calçada.
Leia mais
No fim de tarde, pegue o metrô para Camden Town. A ideia é
curtir um pouco o lugar, passear nos mercados de rua e encerrar o dia em um dos
pubs. Você pode descer em duas estações: a Camden Town e a Chalk Farm. O que
vai mudar é o trajeto que fará. Acho legal descer em uma e voltar pela outra
para circular mais no bairro, que voltou aos holofotes recentemente por ser
onde morada a cantora, já falecida, Amy Winehouse.
Achei esta página com dicas de Camden Town bem bacana, ainda
que eu não tenha achado o bairro tão descolado quanto pintam.
Eu desci na estação Camden e caminhei pela Camden High St.
Assim, é possível ver (e entrar) no Camden Market, Camden Lock Market e Stables
Market, este último o mais legal porque está num lugar onde funcionou um
estábulo. É bem bonito também e onde tem as melhores opções de lojas. Eu não
sou uma pessoa de compras, então, depois de algumas barraquinhas, eu canso e
começo achar tudo sem graça.
Na verdade, minha primeira impressão de Camden foi
desilusão, porque é um o Camden Market parece um camelódromo. Antes de ir,
todos falavam o quão descolado o bairro era e como teria coisas
diferentes. Fui numa baita expectativa
que só se comprovou quando anoiteceu e fomos aos pubs.
O bairro é, sim, mais alternativo, se levar em conta que tem
muitos lugares de tatuagem, roupas diferentes e até uma loja enorme de sexy
shop. O melhor mesmo são os pubs. Alguns têm música ao vivo (me disseram que
quando tem banda é pub irlandês) e outros sem tantas mesas para fazer as
pessoas ficarem em pé e interagirem. Por isto, vá mais para o fim do dia (o
Camden Market fecha cedo, umas 17h) e
aproveite o que o bairro tem de melhor — e isto a Amy sabia muito bem!
Dia 4: Catedral St.
Paul, West End, Convent Garden, Soho, British Museum
Ainda que a catedral
de São Paulo (St Paul Cathedral) não fique neste circuito, é imprescindível uma
visita a ela. Se aguentar, dá para conhecê-la logo no primeiro dia. Ou cruzando
a Millenium Bridge, em frente ao Tate Modern, ou indo depois da visita à Tower
of London, caminhando ou de metrô.
Catedral St. Paul vista da ponte Millenium |
Optei por inclui-la neste dia para não sobrecarregar o
primeiro dia e cansar muito. Fazendo desta maneira, desça na estação de metrô
St. Paul e vai estar bem ao lado. Quando eu fui, não tive de pagar porque
ocorria uma missa. Há ainda a opção de subir ao topo e ter uma vista linda da
cidade.
Saindo de lá, a próxima parada será os bairros de Soho, West
End e Covent Garden. De metro, desça ou em Picadilly Circus ou em Charing Cross.
A pé, são cerca de 2,5 km, uns 35 minutos. Vá na direção de Trafalgar Square
que você estará em frente à National Gallery e National Portrait Gallery.
Entrei no primeiro museu (igualmente de graça), tomei uma água no café e dei
uma volta de mais ou menos uma hora para ver as obras principais — leia aqui as
30 obras que são destaque. Além dos quadros (Monet, Paul Cézanne, Vincent van Gogh, Michelangelo e
Leonardo Da Vinci) repare na arquitetura linda do lugar.
Além das obras de arte, repare na arquitetura linda da National Gallery |
A ideia, se aguentar caminhar, é percorrer o Soho em direção
ao British Museum (cerca de 1,2 km) e voltar pelo Convent Garden até Convent
Garden Market e Royal Opera House (mais 1,8 km).
Na saída da National Gallery, siga pela Whitcomb em direção
à avenida Shaftesbury (rua dos teatros), onde virara à direita. Por este
trajeto, você passará por Chinatown (altura da Gerrard street).
Aproveite o
museu. Ele é bem grande e o mais legal é conferir tudo que a Inglaterra roubou
dos países que invadiu durante as guerras. Destaque para Pedra Rosetta. Veja
este link que bacana com um roteiro de uma ou mais horas.
Para voltar, ao sai do museu, pegue a rua Museum e depois
desça pela Drury Ln. É uma reta até virar à direita na Broad Ct e à esquerda na
Bow St. Você dará na pracinha de Convent Garden, onde também fica a Royal Opera
— cheque se tem algum espetáculo assando. Quando eu fui, v um balé lindo e
longo) por 6 libras. É uma ótima região para jantar!
Imãs de geladeira para todo os gostos! |
Informações práticas
Quando fui: outubro/novembro de 2014
Hotel que fiquei: Mercure Londres Kensington (1a Lexham Gardens Kensington)
Por onde reservei: Direto no site deles
O que achei do hotel: Bem-localizado, ainda na zona 1, fica no muito agradável bairro de Kensington. Perto de duas estações de metrô (Earl's Court e Gloucester Road) por onde passa a linha Piccadilly, que, apesar de lotada, te leva a praticamente todos os principais pontos turísticos. Fica também a uma distância a pé do Kensington parque e palácio.
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