O buda reclinado, no Wat Pho |
Diferentemente de outras viagens, compramos os hotéis, passagens internas e traslados com uma agência no Brasil, seguindo um roteiro que bolamos com base em pesquisas. O objetivo era visitar templos, santuário de elefantes e curtir as praias. O serviço da agência (Nix Travel, atendidas pelo Fabricio - fabricio@nixtravel.com.br) foi ótimo, com hotéis bem legais, excelente escolha de companhia aérea local (Bangkok Airways) e transfers pontuais. No entanto, a agência não se atentou aos horários do ferry-boat em Phuket ao marcar um de nossos voos e tivemos de contratar lancha privada. Felizmente, a agência se comprometeu a reembolsar a diferença! Este foi o único imprevisto da viagem. Todos os dias foram incríveis e inesquecíveis, tendo como pontos mais altos dar comida e banho em elefantes e entender mais sobre a cultura deles e sobre o budismo. Eu amei as casas dos espíritos. Super recomendo!
O país é bastante receptivo e o povo, muito simpático. A comunicação lá é mais fácil que na China. Ainda que poucos falem inglês, eles se esforçam para entender e ajudar. A Tailândia me pareceu bastante segura, tanto que, em Bangkok, um homem estava na nossa frente na fila da casa de câmbio com uma quantia absurda de dólares. Detalhe: a casa de câmbio era um guichê praticamente dando para rua. Depois desta cena, logo no início da viagem, tivemos certeza de que o país não tem assaltos!
Quando ir
Por causa das monções, a melhor época é de novembro a fevereiro. Em março, ainda rola, mas a estação está trocando e pode ser instável. Mesmo nestes meses, as temperaturas são elevadas e, em Bangkok, por ser cidade grande, o calor fica ainda maior. Chiang Mai eu achei o clima mais fresco. Nas praias, peguei sol, calor e chuvas (parecido com clima do Nordeste brasileiro).
Visto/vacina
Brasileiros não precisam de visto, mas ter o certificado da vacinação contra febre amarela é obrigatório. E lembre-se de que a exigência é tomar a vacina pelo menos 10 dias antes do embarque.
Ao chegar a Bangkok, antes da imigração, deve-se apresentar o certificado da vacina junto com um formulário que se preenche na hora a um guichê (apenas pessoas da América do Sul e da África precisam fazer isto). Lá o oficial mede sua temperatura e carimba o documento que deve ser entregue na imigração. Este guichê não é bem localizado e não têm placas indicando para onde se dirigir, então, tem mesmo de ir olhando tudo e procurando. Ele fica no caminho para imigração, mas não muito perto.
A viagem até Bangkok é bastante longa. Use roupas confortáveis e leve uma muda de roupa (ou pelo menos uma camiseta). Eu tenho um probleminha de circulação, então, tomo remédio e uso meia elástica de média compressão. Para encarar voos longos, sempre bom usar meia, mas não faça isto sem recomendação médica.
Sol se põe atrás do Wat Arun |
Sabe quando você olha um gringo e pensa "deve ser incrível receber em euros/dólares/libras e gastar em real? Pois assim se sentirá na Tailândia—pelo menos na maior parte do tempo. Água saía por 1 real, corridas de táxi em Bangkok não pagamos mais que 11 reais em distância de até 8 km e nos restaurantes o dia que pagamos mais (250 reais para três pessoas) foi quando tomamos duas garrafas de espumante francês, algumas garrafas de água e dividimos entrada e pratos. Nos hotéis, especialmente os das praias, os preços se assemelhavam aos de São Paulo.
Para facilitar a conversão (fui em fevereiro/março de 2017), dividia os preços em baht por dez para saber o valor em real. Abaixo coloco alguns valores médios em bahtes para dar noção de custos:
- Garrafa de água: 10 a 30
- Refrigerante: 20 a 70
- Cerveja em bares/restaurantes: 80 a 200
- Garrafa de vinho em restaurantes: a partir de 900 (muitas opções a 1.100)
- Drinks: 120 a 200
- Pratos típicos em bares/restaurantes: 150 a 400
- Castanhas de caju ou pistache: 150 para embalagem com 160 gramas
- Táxi em Bangkok: corrida de 30 minutos / 10 km saía em média 100 bahtes. Mas atenção: alguns motoristas querem negociar valor em vez de ligar o "meter". Nestes casos, nós simplesmente não aceitávamos e pegávamos outro
- Bilhete do táxi barco em Bangkok: 15 por pessoa
- Tuk-tuks: varia de onde e para onde você vai. Em Bangkok, valia mais a pena andar de táxi com taxímetro. Em Chiang Mai, não vi muitos táxis e pagamos 100 bahtes cada corrida do hotel para night market e deck dos restaurantes
- Passeios: 1.300 a 2.500 por pessoa
- Entradas das atrações (templos, museus): entre 20 e 150, sendo que apenas o Royal Grand Palace custa 500 (mas guarde o tíquete, porque ele dá direito a Ananta Samagom Throne Hall, Dusit Palace. Não li em nenhum blogue a respeito do lugar e o museu é bem legal)
- Massagem: o preço varia conforme região do corpo e tempo. Tanto a thai (corpo inteiro, 60 minutos) quanto 60 minutos nos pés custam 300
- Barco privativo em Phi Phi para ir às praias: 1.800 por quatro horas (o barco, garrafas de água e máscaras e snorkel para todos durante o passeio)
Levar dólar ou euro (libras também são fáceis de trocar). Não vi sinalização do tipo aceito Visa/Mastercard, mas também não tentei pagar com cartão. Alguns lugares, onde perguntei e aceitavam, cobravam taxa de 3%. E vários não aceitavam.
Internet
A maioria dos lugares tem Wi-Fi grátis, mas com senha. É só pedir ou dar uma olhada geral que os lugares colocam cartazes.
Roteiro
A Tailândia oferece praias lindas, montanhas onde há passeios de trekking e cidades com vasta bagagem cultural. Eu não acho que vale a pena ir apenas para as praias, porque, apesar de serem lindas, o Brasil possui iguais ou melhores opções. Fizemos um mix que foi perfeito! Foram 13 noites entre Bangkok, Chiang Mai, Phi Phi Island e Koh Samui.
Na Tailândia, elefantes estão por toda parte. Eu amei visitar o santuário Elephant Nature Park e tenho certeza que foi uma opção bem mais consciente que fazer o passeio montado (até porque eles andam amarrados com correntes). Também não acho legal visitar os lugares para tirar fotos com tigres. Me parece óbvio que são dopados.
Sala de espera para clientes da Bangkok Airways: quitutes e bebidas à vontade! |
Avião e ônibus são os mais comuns. E há ferry-boats para chegar às ilhas ou vôos diretos em aviões menores e de hélice. Nós fizemos quatro cidades e optamos por voar. A agência comprou os trechos para voar pela Bangkok Airways e adoramos. Eles se autodenominam companhia boutique e são mesmo. Oferecem acesso a salas VIPs com comidas e bebidas a todos os passageiros e nos vôos o serviço de bordo inclui até pratos quentes. Dica importante: nos vôos internos, só aceitam malas de até 20 kg, cobrando pelo excesso - e as balanças nunca batem: voei sempre com a mesma mala e, mesmo não comprando, o peso aumentava em 1,5 kg. Se voar Bangkok Airways, faça o cartão fidelidade e, assim, a franquia aumenta em dez quilos.
Somente a pontualidade no aeroporto de Bangkok que ficou a desejar. Os vôos que pegamos lá atrasaram um pouco. Os aeroportos são bons e com infraestrutura legal. Atenção ao viajar com carregador portátil, porque, assim como na China, eles pedem para ver o aparelho e há limite de carga. Nos voos domésticos, todo mundo e respectivas bagagens passam por detector de metal ao entrar na maioria dos aeroportos. Se o carregador portátil estiver na mala para despachar, provavelmente, pedirão para abrir e mostrar. Então, mais fácil levar na bolsa ou mala de mão.
Quem ficar em Phi Phi Island precisa atentar-se para os horários do ferry-boat que liga Phuket a Phi Phi. O último parte às 15 h e quando chegamos, umas 15h30, ele já havia saído (tivemos de pegar uma lancha privada que nos custou 18.000 bahtes, praticamente todo dinheiro que tínhamos planejado para as três amigas passarem mais uma semana). A agência de viagens nos colocou em um voo que chegava a Phuket às 13h55, sendo que o trajeto do aeroporto até o pier do ferry leva quase uma hora. E ficamos felizes que a agência se comprometeu a nos reembolsar o valor!
Uma das coisas mais emocionantes que já fiz: dar banho em elefantes! |
Faz bastante calor, mas nada de ombros, barrigas e joelhos de fora para entrar nos templos. Como não dá para ir de calça, eu optei por vestidos longos ou cobrindo os joelhos e levei lenços para cobrir os ombros ao entrar nos templos. Quando fui de vestido mais curto, amarrei uma canga para cobrir as pernas.
Apenas em Royal Grand Palace tive problemas, porque não aceitaram o lenço nos ombros. Acabei comprando uma camiseta e colocando em cima do vestido. A regra vale para os meninos também.
Mas sem estresse: em todos os templos há roupas para alugar ou emprestar. Como tem fila, o melhor é já ir com as roupas apropriadas ou levar lenços e casaquinhos para se cobrir. Outra dica fundamental é o sapato. Passeie com calçados fáceis de colocar, porque terá de tirá-los para entrar nos lugares.
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Tomadas
São redondas ou pino chato. Depois da mudança no Brasil para padrão três pinos, viajar levando adaptador é obrigatório. Como carregador de celular é bivolt, numa me preocupo muito. Mas pelo que notei a voltagem é 220v.
Comidas e bebidas
Tudo é bastante condimentado, o que não necessariamente significa apimentado, ainda que a maioria seja. Os pratos podem ser muito apimentados, mas os mais fortes, normalmente, estão sinalizados no cardápio. Antes de pedir certifique-se sempre. Nos lugares mais turísticos, eles fazem com menos pimenta sem problemas. Quem gosta da pegada agridoce vai se deliciar. Tem frutas e castanhas na comida, além de ovo. Os pratos mais comuns são de frango, porco, peixe, lula e camarão, muitas vezes tudo junto. Eu adorei!
Eles comem muitas frutas (manga, abacaxi, coco, melancia, banana, melão, pitaia e outras locais), inclusive há muitas barraquinhas nas ruas vendendo, uma boa opção de lanche. Castanhas de caju e pistaches também são ótimas (e baratas) opções para beliscar.
A cerveja local é gostosa. Nossa preferida foi a Chang (que significa elefante), mas há outras, como a Leo e Singha. Água da torneira não é potável. Acredito que por isto os hotéis deixem garrafas de água mineral à disposição dos hóspedes. Um opção gostosa e saudável é tomar água de coco.
Eles comem com garfo e colher. Poucos lugares ofereciam faca. Não que isto seja um problema, porque tudo é partido, vem em pedaços.
Ah, e antes que eu me esqueça: assim como na China, escorpião, mosquitos e outros insetos são ofertados para os turistas e custam bem caro. Não se vêem estes tipos de comidas nos mercados, nas barraquinhas de rua ou em restaurantes locais. Aliás, é comum se deparar com os tailandeses comendo suas marmitas sentados no chão das lojas. Eu olhei para ver o que tinha dentro e o mais comum era arroz, noodles e vegetais.
Remédios
Há muitas farmácias e os produtos se assemelham aos nossos, o que torna tudo mais fácil, mas claro que, se você toma medicamentos que precisam de receita, tem de levar do Brasil. Eu levei uma farmacinha com remédios para estômago, dor de cabeça, muscular e outros. Eles vendem um bastão para enjoo que salvou muita gente na volta do passeio de barco para Koh Tao!
Casas dos espíritos
Repare: por toda Tailândia, na entrada das casas, estabelecimentos comerciais, hotéis e muitos outros lugares, eles têm uma casinha linda. É para os espíritos; e eles deixam oferendas como sodas, água, flores e comida.
Não pode faltar na mala
- Protetor solar
- Repelente
- Adaptador de tomada (se os aparelhos forem de três pinos)
- Roupas leves e confortáveis, mas adaptadas para os templos
- Sapatos confortáveis e fáceis de tirar e colocar
- Carteira de mergulho, se tiver (claro!!) e for para as praias
- Óculos de sol
- Chapéu
- Vouchers das reservas: parece anos 1980, mas na Tailândia nos pediram os vouchers em todos os lugares (hotel, companhia aérea e traslados). Imprima e leve em papel suas reservas.
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