domingo, 26 de junho de 2011

A face romântica de Amsterdã

Esqueça todos os clichês que rondam Amsterdã. Achei a cidade romântica, muito bonita e com atrações que vão muito além dos coffee shops e do Red Light District (veja site externo). Suas ruas e vielas são cercadas de canais e existem pequenas embarcações que fazem passeios turísticos pelas águas. Na primavera, quando eu fui, as flores deixavam ainda mais graciosa a capital da Holanda - frisa-se que Haia é a sede do governo. É por isto que alguns guia turísticos a apelidam de "Veneza do Norte".
Rijksmuseum



Conheci Amsterdã durante uma viagem de carro, quando estudava minha pós na Universidad de Navarra, na Semana Santa de 2003. Saímos de Pamplona, norte da Espanha, cortamos a França, parando em Paris, e seguimos para Bruxelas (na Bélgica), com uma rápida parada em Waterloo, para depois irmos a Bruges e Antuérpia. De lá, seguimos para Roterdã, onde ficamos hospedados na casa de um colega e de onde partimos duas vezes para desbravar Amsterdã. Na reta final do tour, fomos para Luxemburgo e pernoitamos em Paris para conhecer Versalhes.
No meio da estrada, vários moinhos
A viagem de carro de Roterdã para Amsterdã levava cerca de uma hora. Pelo o que eu me lembro, o caminho era bastante plano e a paisagem, naquela época do ano, bem florida. Ao longo da estrada, também avistavam-se moinhos de vento. Tudo supercaracterístico dos Países Baixos. É mesmo aquela imagem que temos de filmes.

Ao chegar, outro ponto conhecido: a quantidade de bicicletas impressiona. Eles usam este meio de transporte para se locomover e são comuns os "estacionamentos' de bikes. Não aluguei uma, mesmo porque, infelizmente, chovia muito. O mau tempo, porém, não impediu de passear e conhecer as atrações principais.

Há grandes e importantes museus, como o Rembrandt, o Rijksmuseum, o Stedelijk e o Museu Van Gogh. O plano inicial era dedicar um pouco de tempo para dois ou três deles, no entanto, havia uma exposição em comemoração aos 150 anos de nascimento de Vincent Van Gogh e por isto a exposição, que já reúne a maior quantidade de obras do pintor, estava ainda mais completa. Não vi o tempo passar - mesmo. Foram horas dentro deste museu e valeu a pena cada minuto. Outro lugar que merece a visita é a Casa de Anne Frank.

A zona vermelha
Não há, contudo, como não associar Amsterdã à imagem dos coffeeshops e da prostituição, também legalizada no país. No Red Light District, vitrines exibem mulheres, normalmente, seminuas. Dizem que, se a cortina está fechada, é sinal que há cliente. Ande pela rua principal. Poderão lhe oferecer drogas, mas fique esperto: acredito ser proibido, pois o consumo é liberado para os frequentadores dos cafés e dentro dos estabelecimentos. Se conseguir tirar os olhos da vitrines e dos sex shops, observe o estilo das construções, algumas do século 14. E, claro, os canais!

No quesito museu, inclua da lista acima o museu do sexo, o erótico, o da tortura e o das drogas (Hash Museum). Entrei no do sexo e não havia nada de especial. Foi até meio bizarro.
Centro de informação sobre prostituição
Os coffee shops são uma atração à parte. Jovens do mundo todo vão a Amsterdã para conhecer estes lugares onde se pode pedir no balcão um haxixe, maconha e outras substâncias - tudo para uso pessoal e somente aquelas permitidas pelas autoridades holandesas. Há também diversos tipos de chás.

Mas atenção: com o objetivo de não incentivar o "turismo para as drogas", o governo da Holanda decidiu restringir o acesso a estes locais e proibir a entrada de turistas. A medida passa a valer em Amsterdã em 2012. Segundo as notícias sobre o assunto, será exigida uma identificação na entrada para provar a nacionalidade e se a pessoa tem mais de 18 anos. Os coffeeshops terão ainda de fazer um cadastro de seus clientes.  

Informações práticas
Quando fui: abril de 2003
Onde fiquei: casa de um colega em Roterdã

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens

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