domingo, 24 de julho de 2011

Como se locomover na Europa

A extensão da Europa é inversamente proporcional às milhares de atrações que o continente proporciona aos turistas. São, segundo a Wikipedia, somente 10.498.000 quilômetros quadrados (a título de comparação o Brasil tem 8.514.876 km²). A facilidade de circulação ficou ainda maior depois da criação da Zona do Euro com a introdução da  moeda única, em 2002, mesmo sem a adesão de alguns países, como Inglaterra e Suíça.
Vista da janela do trem na rota Genebra-Veneza
No entanto, ainda que a França seja quinze vezes menor que o Brasil e a Espanha menor que a Bahia, não acho legal planejar um roteiro conhecendo em poucos dias cidades muitos distantes. Há diversas maneira de se locomover na Europa e escolher a ideal fará a diferença. Por exemplo, já peguei um voo de uma companhia aérea de baixo custo ir de Barcelona a Veneza, como também já fui de trem de Firenze, na Itália, para Paris, na França. Tudo vai depender do seu tempo e do quanto quer gastar, mas reúno abaixo algumas dicas que podem ajudar a definir qual é o meio transporte mais adequado.

Trem
- Direto ao centro: A malha ferroviária da Europa é incrível, liga praticamente todas as cidades. Os trens são pontuais e o melhor é que as estações ficam no centro. Uma vantagem em relação ao avião, já que os aeroportos ficam no subúrbio e, quando se trata das companhias de baixo custo, muitas vezes, em aeroportos secundários distantes uma hora (ou mais) da cidade em questão.

- Comodidade: Quem viaja de trem também aproveita as horas a bordo para observar a paisagem e, assim, poder conhecer as diferenças de cada região. Muitos trens contam com vagões-restaurante ou têm bares a bordo. Isto sem contar que as poltronas são bem mais espaçosas que aquelas apertadas nos aviões.

- Diferentes tarifas: Muitas linhas oferecem o mesmo trajeto por preços distintos. Fique atento, pois o barato pode sair caro. Avalie quantas paradas o trem fará e o tipo de locomotiva. As mais simples costumam trafegar em velocidades menores e ser o que chamamos de "pinga-pinga". Além disto, para se chegar a algumas localidades são necessárias trocas de trens, pois não existem linhas diretas. Não se esqueça de levar isto em consideração. Muitos trens têm divisão de primeira e segunda classes. Pergunte sobre promoções. Quem sabe você - como eu já fiz - consiga percorrer trechos em primeira classe pagando tarifa de segunda!

Avião
- Aeroportos podem ser longe: Como expliquei acima, as companhias de baixo custo costumam sair de aeroportos menores que ficam em cidades próximas. Por exemplo, uma vez saí de Barcelona com destino a Veneza pela Ryanair. Paguei superpouco, mas quando comprei não me dei conta de que teria de pegar um ônibus em Barcelona até uma cidade vizinha a cerca de uma hora e que chegaria não em Veneza, mas em outra cidade próxima. Estes ônibus são pagos à parte; em 2003, custaram uns 10 euros.

- Tarifas: Certamente, o preço é um dos principais atrativos para ir de avião, porque as passagens de trem para longas distância costumam ser mais caras. Busque por bilhetes nas companhias ditas tradicionais e também nas de baixo-custo, cujas promoções deixam os valores dos tickets ainda mais convidativos.

- Tempo: Para muitas viagens, as horas de voo são muito menos se comparadas ao que levaria de trem, ônibus ou carro. No entanto, para comparar qual seria a melhor opção, lembre-se de somar o tempo para se chegar ao aeroporto e a permanência nele antes e após o voo.  


Ônibus
- Tarifas baixas: Eu não viajei muito de ônibus pela Europa, mas, quando morei na Espanha, optei por circular pelo país desta forma. Custava bem mais barato que o trem e as estações também ficam no centro. 

- Tempo: Como é de se esperar, as viagens de ônibus demoram mais que as de trem (que, normalmente, trafegam em alta velocidade), mas, assim como eles, também não exigem antecedência para se chegar às estações. Basta estar uns minutos antes da partida e pronto!

Carro 
- Custos: Aluguei uma vez carro para percorrer de Pamplona (na Espanha) até Amsterdã (na Holanda), passando por vários lugares. Éramos cinco; e, por isto, não pesou no bolso de ninguém. Além da diária, some ao valor o quanto vai gastar de combustível e as tarifas de estacionamento, normalmente não inclusas nas tarifas do hotel. No nosso caso, batemos o carro e tivemos de pagar a franquia do seguro.

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens

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