Cheguei a Xi’An em uma sexta-feira à tarde e fiquei duas noites, saindo domingo bem cedo com destino a Pequim (leia roteiro de 5 dias na capital da chinesa). Meu objetivo era conhecer os Exército de Terracota, passeio que fiz no sábado. A van me pegou no hotel por volta das 9 horas, retornando umas 15 horas. Como passei perrengue até sacar a cidade, vou colocar o máximo de dicas que lembrar para ajudar os próximos viajantes.
A primeira coisa a se ter em mente é que ninguém, absolutamente ninguém, na rua fala inglês. Ou você se comunica por mímica ou usando algum aplicativo de tradução simultânea, lembrando que, se você não tiver uma VPN para burlar a tal muralha digital, o Google Translator não vai funcionar. Tente, no lugar, o Baidu, se tiver acesso à Internet. Para se ter uma ideia, eu me hospedei no Ibis e os recepcionistas não falavam inglês. O jeito foi usar no computador o Baidu Translate: eu escrevia em inglês e traduzia para o mandarim e vice-versa. Na rua, dois jovens me ajudaram usando o celular com aplicativo de tradução. (leia o post O essencial para saber antes de ir à China)
Do aeroporto ao hotel
O aeroporto Xianyang Airport fica distante uns 45 quilômetros. A melhor opção para ir ao centro antigo, onde ficam os hotéis, é pegar o ônibus (por 26 yuans). São várias linhas, então, ao comprar a passagem mostre a reserva do seu hotel em chinês e o atendente aponta qual veículo você deve entrar. Eles param em diversos pontos (veja aqui).
Minha experiência não foi muito legal porque algo ocorreu no lugar onde as malas ficam guardadas que a minha encheu de água. Quando vi quebrei o maior pau com o motorista, mas óbvio que ele não deve ter entendido porque foi em inglês. Enfim, comecei bem irritada. E para piorar o mapa que eu peguei no aeroporto não tinha a rua onde o Ibis ficava e não havia cristo que conseguia me entender na rua.
Eu estava perto da Bell Tower, que fica bem na rotatória de grandes avenidas. Fui até uma na tentativa de pegar táxi. Fiquei uns 30 minutos chamando táxi junto a vários chineses. Mas os carros simplesmente passavam reto. Decidi que não podia ser tão longe e resolvi que caminharia até o hotel. O problema é que fiquei na calçada, segurando a mala, sem saber para qual lado andar. Escolhi um que, claro, não era o certo.
Como escrevi em outros posts sobre a China, as distâncias lá são enormes, então, não ache que por algo estar colado a outro no mapa significa que esteja de verdade cerca. Depois descobri que da Bell Tower para o Ibis eram uns 25 minutos de caminhada, não muito longe.
Depois que cansei de andar em vão, consegui que dois chineses me ajudassem. Para nos entendermos, usamos o celular de um deles para acessar tradutor online. Eles foram muito gentis comigo e caminhamos juntos até que eles acharam que puxar mala por mais de 2 km não seria uma boa. Eis que negociaram com o motorista de um tuk-tuk para me levar ao hotel.
Em Xi’An, há muitos tuk-tuks, que são motinhos com uma cabine para os passageiros sentarem. Eu andei duas vezes e foi uma aventura, porque eles dirigem como loucos, entram na contramão, na frente de ônibus e por aí vai. É preciso negociar bem quanto vai pagar antes de entrar. Quando os chineses negociaram paguei 15 yuans, já quando eu falei custou 30 yuans.
Outra coisa a se entender lá é que as pessoas compartilham táxis. Ou seja, se houver espaço no táxi e alguém na rua pedindo, o motorista vai parar e perguntar para onde a pessoa vai, se for caminho, ela entra e você segue com companhia. Eu não entendi bem como funciona o pagamento desta corrida. Voltando do Pagode do Grande Ganso Selvagem (Big Wild Goose Pagoda) compartilhei o táxi e paguei a metade do que mostrava o taxímetro, mas o casal que estava junto achou um absurdo. Como não falavam inglês, deixei quieto.
As principais atrações ficam dentro da cidade murada e é fácil se locomover a pé. Caso se canse, pegue o tuk-tuk que são o meio de transporte mais comum para andar pelas ruas estreitas.
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O que fazer
Xi’An oferece mais atrações além do Exército de Terracota, mas sem dúvida alguma conhecer estes guerreiros é o que leva milhões de turistas à cidade. Reserve um dia para o passeio ao Exército de Terracota. Para conhecer há basicamente duas maneiras: por conta, usando o transporte público ou de excursão. Optei pela segunda porque achei mais garantido uma vez que havia passado muitos perrengues em Xi'An. Nos hotéis, há representantes de agências locais oferecendo pacotes, mas não feche nada antes de conferir os pacotes ofertados pelo escritório de turismo. (leia também o post sobre o passeio: O exuberante Exército de Terracota).
No dia seguinte, na volta do passeio à Terracota, caminhei até o centro antigo e percorri as principais atrações, que vou deixar em inglês porque é como você vai encontrar nos guias e mapas: Bell Tower, Great Mosque, Drum Tower, South Gate e Culture Street.
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| Grande mesquita |
Já que tinha de pagar, escolhi entrar na grande mesquita que é lindíssima. Na saída dela, as ruas que parecem um labirinto estão repletas de camelôs e lojas que vendem de tudo. É um lugar bom para comprar souvenirs.
Eu acho que acabei ficando pouco em Xi’An. A cidade merece ficar pelo menos dois dias inteiros, um para o passeio ao Exército de Terracota e outro para visitar com calma os pontos turísticos, inclusive as atrações que ficam fora do centro antigo, e entrar no museu de história de Shaanxi. Se tiver condição, perto dali, é onde estão os melhores lugares para ver pandas. Vale a pena ao planejar a viagem dar uma olhada no site oficial de turismo.
Hotel
Quando fui: setembro de 2014
Hotel que fiquei: Ibis
O que achei do hotel: Padrão Ibis, mas não recomendo. Os recepcionistas não falam inglês e ele fica meio longe do centro, sendo preciso tomar táxi para chegar (ou andar uns 30, 40 minutos).
OBRIGADO PELAS DICAS. PARTINDO EM SETEMBRO.RS.
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