A globalização tem seus lados positivos, mas seu lado mais cruel é colocar padrões mundiais em coisas que deveriam permanecer locais. Lembro-me de quando cheguei à
Europa pela primeira vez, para morar por um semestre na
Espanha. Tinha 23 anos e esperava ver um mundo diferente. Minha empolgação murchou ao sair do aeroporto de Madrid e pegar o ônibus até Pamplona: nas ruas os
outdoors eram semelhantes aos de São Paulo; nos supermercados e nas farmácias, a maioria dos itens eram iguais aos que eu comprava no Brasil.
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Templo do Céu, um dos cartões postais de Pequim |
Ao chegar à
China, a frustração não foi tão grande, mas, principalmente,
Pequim e
Xangai não se revelaram um mundo completamente diferente do que estou acostumada. Talvez porque sejam metrópoles. Talvez porque a abertura daquele país esteja levando-o a uma ocidentalização. O mais parecido com o que eu imaginava foi Xi'An. Lá eu penei para sacar a cidade e passei por alguns perrengues.